TRT busca certificação de qualidade em teste de software
O tribunal passará por um processo de qualificação realizado pelo SOFTEXRECIFE com o objetivo de se adequar às exigências do selo MPT.Br,
Pela primeira vez, uma instituição pública de Pernambuco decide implantar um modelo de qualidade com o objetivo de aperfeiçoar suas técnicas de produção e de teste de software. O Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região inicia, este mês, um processo de qualificação realizado pelo SOFTEXRECIFE para se adequar às exigências do selo MPT.Br, níveis 1 e 2. A certificação é reconhecida em todo Brasil por atestar a qualidade e a maturidade das organizações no desenvolvimento de programas.
Segundo Marcos Gomes, presidente do Comitê gestor do MPT.Br e diretor de Tecnologia do SOFTEXRECIFE, o MPT.Br é um modelo direcionado à adoção de práticas de teste que otimizam os recursos humanos e financeiros empregados na produção de software. São medidas que evitam custos com o retrabalho e possibilitam o avanço continuo da tecnologia usada.
“A iniciativa privada procura conquistar o selo para ganhar mais competitividade no mercado. Já o setor público busca a excelência tanto para o cliente interno, que são os funcionários, como para a sociedade. Por isso, ao se investir na implantação de modelos de qualidade, quem sai ganhando mesmo é a população, uma vez que a iniciativa se reflete em serviços mais modernos e eficientes”, afirma Gomes.
Ainda de acordo com ele, o TRT segue uma tendência nacional em que o poder público passa a fazer adequações na área de tecnologia visando à conquista de certificações. “A maioria dos órgãos possui núcleos de informática dentro de sua estrutura e lá se cria programas para uso interno e atendimento ao público. O selo é uma forma de potencializar essa ferramenta existente dentro da organização”, destacou.
No Brasil, selos no setor de TI já foram obtidos pelo Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina; Correios; Ministério Público de Natal, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, entre outras entidades e empresas públicas. Nesses casos, o carimbo adquirido foi MPS.Br, também do SOFTEXRECIFE mas que não foca na prática de teste.
MPT.Br – Baseado em referencial teórico de modelos já consagrados, como o CMMI e o SCAMPI, o MPT.br é adaptado à realidade brasileira e pode ser aplicado a organizações de diferentes portes, desde micro até grandes. “A maioria dos modelos de melhoria da qualidade de software só envolve a disciplina de teste nos níveis mais elevados de maturidade. Por isso, o MPT.br foi desenvolvido para apoiar todos os empreendimentos, inclusive as micro e pequenas empresas”, explicou Gomes
Para chegar à certificação, é necessário passar por duas fases: a implementação e a avaliação. Na primeira, é feito um diagnóstico da instituição (necessidades de tecnologia, ferramentas, conhecimento); o planejamento, a institucionalização do processo (adequação dos trabalhos aos novos procedimentos) e encerramento do projeto. Na segunda, são realizadas as últimas orientações e a avaliação propriamente dita. Só então, se alcançado os padrões, é concedido o certificado de acordo com o nível de maturidade da organização.